quarta-feira, 10 de junho de 2009

Texto de reflexão: Livro Vinha de Luz

Tu, porém

"Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina." - Paulo. (TITO, 2:1.)

Desde que não permaneças em temporária inibição do verbo, serás assediado a falar em todas as situações.

 Convocar-te-ão a palavra os que desejam ser bons e os deliberadamente maus, os cegos das estradas sombrias e os caminheiros das sendas tortuosas.

 Corações perturbados pretenderão arrancar-te expressões perturbadoras.

 Caluniadores induzir-te-ão a caluniar.

 Mentirosos levar-te-ão a mentir.

 Levianos tentarão conduzir-te à leviandade.

 Ironistas buscarão localizar-te a alma no falso terreno do sarcasmo.

 Compreende-se que procedam assim, porquanto são ignorantes, distraídos da iluminação espiritual.

 Cegos desditosos sem o saberem, vão de queda em queda, desastre a desastre, criando a desventura de si mesmos.

 Tu, porém, que conheces o que eles desconhecem, que cultivas na mente valores espirituais que ainda não cultivam, toma cuidado em usar o verbo, como convém ao Espírito do Cristo que nos rege os destinos.

 É muito fácil falar aos que nos interpelam, de maneira a satisfazê-los, e não é difícil replicar-lhes como convém aos nossos interesses e conveniências particulares; todavia, dirigirmo-nos aos outros, com a prudência amorosa e com a tolerância educativa, como convém à sã doutrina do Mestre, é tarefa complexa e enobrecedora, que requisita a ciência do bem no coração e o entendimento evangélico nos raciocínios.

 Que os ignorantes e os cegos da alma falem desordenadamente, pois não sabem, nem vêem...

 Tu, porém, acautela-te nas criações verbais, como quem não se esquece das contas naturais a serem acertadas no dia próximo.

 

 

Texto de reflexão de 10/06/2009

Livro Vinhas de Luz

Pelo Espírito de Emmanuel

Pág.22

terça-feira, 9 de junho de 2009

Boa Nova

"Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus.".
[Paulo - Hebreus, 3:4]

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Enc.: Mensagem de Joanna de Angelis - ALIENAÇÃO INFANTO-JUVENIL E EDUCAÇÃO

Alienação Infanto-Juvenil e Eduação


O surto das alienações mentais infanto-juvenil, num crescendo assustador, deve reunir-nos todos em torno do problema urgente, a fim de que sejam tomadas as providências saneadoras dessa cruel pandemia.

Nas sórdidas favelas, onde os fatores criminógenos se desenvolvem com facilidade e morbidez; nos agrupamentos escolares, nos quais enxameiam os problemas de relacionamento sem ética, sem estruturação moral; nas famílias em desagregação por distonias emocionais dos pais, egoístas e arbitrários; nas ruas e praças desportivas, em razão da indiferença dos adultos e dos exemplos perniciosos por eles praticados, as drogas, o sexo, a violência, induzem crianças e jovens ao martírio da alienação mental e do suicídio.

Desarmados, quanto indesejados, passam pelas avenidas do mundo esses seres desamparados, objeto de promoção de homens ambiciosos e sem escrúpulos, que deles fazem bandeira de autopromoção e sensibilização das massas, esquecendo-os logo depois de atingidas as metas que perseguem.

Pululam, também, essas vítimas das atuais desvairadas cultura e tecnologia, nos lares ricos e confortáveis de onde o amor se evadiu, substituído pela indiferença e permissividade com que compensam o dever, enganando a floração infantil que emurchece com as terríveis decepções antes do tempo.

Ao lado de todos esses fatores psicossociais, econômicos e morais, destacam-se os espirituais, que decorrem dos vínculos reencarnacionistas que imanam esses Espíritos em recomeço àqueloutros que lhes sofreram danos, prejuízos e acerbas aflições pretéritas, de que não se liberaram.

As disciplinas que estudam a psique, seguramente, penetram na anterioridade do ser ao berço, identificando, na reencarnação, os mecanismos desencadeadores das alienações, seja através dos processos orgânicos e psíquicos ou mediante os conúbios obsessivos.

A obsessão irrompe em toda parte, na condição de chaga aberta no organismo social, convidando as mentes humanas à reflexão.

Desatentos e irrequietos, os homens avançam sem rumo, distanciados ainda de responsabilidade e valores morais.

Urge que a educação assuma o seu papel no organismo social da Terra sofrida destes dias. Educação, porém, no seu sentido profundo, integral, de conhecimento, experiência, hábitos e fé racional.

Estruturando o homem nos seus equipamentos de Espírito, perispírito e corpo, nele fixando os valores éticos de cuja utilização se enriqueça, conscientizando-se da sua realidade externa e vivendo de forma consentânea com as finalidades da existência terrena, que o levará de retorno à Pátria de origem em clima de paz.

Não se pode lograr êxito, na área da saúde mental como na da felicidade humana, utilizando-se um comportamento que estuda os efeitos sem remontar às causas, erradicando-as em definitivo. Para tanto, é fundamental que o lar se transforme num santuário e a escola dê o prosseguimento nobre à estrutura familiar, preparando o educando para a vida social.

Herdeiros de guerras cruéis, remotas e recentes, de crimes contra a Humanidade e o indivíduo, os reencarnantes atuais estão atados a penosas dívidas,
o amor e o Evangelho devem resgatar, alterando o comportamento da família e da sociedade, assim poupando o futuro de danos inimagináveis.

Tarefa superior, a da educação consciente e responsável.

Nesse sentido, o conhecimento do Espiritismo, que leva o homem a uma vivência coerente com a dignidade, é a terapia preventiva como curadora para os males que ora afligem a quase todos e, em especial, estiolando a vida infanto-juvenil que surge, risonha, sendo jogada nas tribulações e misérias para as quais ainda não se encontra preparada, nem tem condições de compreender, assumindo, antes do tempo, comportamentos adultos, alucinados e infelizes.

Voltemo-nos para a infância e a juventude e leguemo-lhes segurança moral e amor, mediante os exemplos de equilíbrio e de paz, indispensáveis à felicidade deles e de todos nós, herdeiros que somos das próprias ações.

Joanna de Ângelis
Livro: SOS Familia [Divaldo P. Franco]